Pedia esmola e quando não lhe davam chamava nome
Bandeira Branca, av. Alm. Barroso com av. Dr. Freitas, d. 1960 / Belém, estudo de geografia urbana - Antonio Rocha Penteado (1968)
“A polícia recebeu na tarde de ontem um telefonema, no qual comunicavam que uma garota, aparentemente de 9 anos, implorava a caridade pública, dizendo palavras obscenas quando alguém lhe negava o níquel.
A polícia, em ação, apurou que se tratava de uma menina, a qual declarou chamar-se Maria Leite da Silva, de 11 anos e residente, com sua genitora, na Bandeira Branca n. 182.
Indagada, disse que que assim procedia para sustentar sua mãe, de nome Isabel Silva, que se achava paralítica há muito tempo.
De posse dessa informação, o comissário de plantão fez vir a sua presença a dita senhora que é robusta, gozando perfeita saúde.
Isabel disse ter, além desta, outras filhas menores, que perambulam pelas ruas pedindo esmolas.
Maria, que é frequentadora, assídua dos botequins, acha-se detida no GIC aguardando conveniente destino”.
O Liberal de 5 de Junho de 1947. Via Hemeroteca Digital Brasileira